sexta-feira, 24 de agosto de 2018






                                        DAS   IDEIAS





                    “O que move o mundo não é o amor, mas são as ideias”, frase que a tia escutou a sobrinha-neta falar, assim que ela chegou para sua visita costumeira. A moça extraíra a frase do livro Focados, Gananciosos e Eficientes”, de Vijav H. Vaitheeswaran, conselheiro do Fórum Econômico Mundial. Estudante de administração ela logo pensou em debater o assunto com quem afirmava ser a força do amor capaz de mover montanhas. E o mundo, tia? Para aquela tia sua sobrinha era representante fiel da nova  geração, a cabeça a mil por hora, disposta a se empolgar com qualquer novidade. Mas a mocinha ficasse sabendo que ideias nunca faltaram, mesmo quando não havia computador, internet, nem os modernos meios de comunicação à disposição. "Sim, minha cara, sempre soubemos o quanto as boas ideias são importantes, fazem a diferença."
                 
                  E lá foram as duas elucubrar sobre o mundo moderno, de portas abertas para a imaginação. As inovações pululando, desde meados do século XX, e não mais pararam de surgir novidades. "Há, as ideias, como elas mexem com a gente." Era preciso, sim, cada vez mais  inovar, em todas as áreas, no que estavam estavam as duas de acordo. pensar nos meios necessários para a vida correr mais segura e agradável, amenizar os males do convívio nas megacidades, preservar o meio ambiente. Não acomodar-se, mas que se revejam ideias, ações, que ponham em risco a sobrevivência da espécie. Pessoas especiais pensando e criando meios de subsistir ao caos moderno. A demografia, a imigração, a tecnologia,  avançando, o que requer preparação para bem acolher. 

              A sobrinha certa de que a invenção do computador havia modificado o cotidiano da humanidade. Enquanto a tia tinha sua ressalva, achava que se podia passar sem tanta tecnologia: "Ninguém precisava do computador para ser feliz, até que ele surgiu". Foi questionada: "Então me responda, estamos vivendo o melhor ou pior dos mundos?" Podia  aquela tia nos seus oitenta anos bem vividos responder. A resposta é que o mundo passou a oscilar entre o pior e o melhor. As invenções surgiam diante de grandes desafios domésticos e globais. Os graves problemas sociais, a saúde, a educação a exigirem soluções urgentes. Certo que as benesses surgiram ao lado dos males decorrentes do extraurbanismo, do desperdício dos recursos naturais, o que se deve levar em consideração. As mudanças tecnológicas querendo transformar o ser humano numa outra espécie, sendo precipitada qualquer celebração, antes de ser levada em conta seu papel, de atender às demandas humanas, sociais. 


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