terça-feira, 22 de dezembro de 2020

 

 

                                                     NATAL DA ESPERANÇA

 


 

 

          Penso na vantagem de evitarmos os excessos. Imagino o essencial sobrepondo-se ao supérfluo, e no compromisso com o bem se recorra até mesmo ao estoicismo para o equilíbrio vital. Vozes atuantes estejam empenhadas em promover o comedimento em vontades e ações. O fermento da bondade, da religiosidade, do trabalho, que faça a pessoa crescer e  tornar-se membro de uma sociedade justa. Os méritos calculados por valores irremovíveis das consciências.

A mulher de meados do século XX ambicionava salvar-se, ela e a família, tratando de salvaguardar a si mesma dos ímpetos, para que lado pendesse. O zelo para não afetar a convivência, sendo importante que os comportamentos seguissem padrões morais, e que as ações fossem construtivas. O código basilar de conduta a insuflar a lealdade, o agir às claras, sem subterfúgios. Também não exibir mazelas como troféu, o que acontece hoje, as virtudes escondidas para não melindrar uma escabrosa patota, que odeia seja o que for, disposta a se vingar do mundo.  

As pessoas em quase tudo são diferentes, mas que se amem e respeitem. Retornar ao bom diálogo, que atualmente somos incapazes de sustentar, mas recorrer a ele nesse momento, e não abandoná-lo para sempre. Não deixar ir embora a esperança. A alma da casa sem a vivacidade de outrora, que perdeu aquele modo de ser doce e puro. A mulher cansada, esquiva, pouco propensa a se doar. Nos tempos atuais  predomina  a exibição desmedida, cada qual proclamando sua riqueza, sem o respaldo moral da honestidade. E o quanto é bom poder rever os feitos e sentir orgulho deles, o que vai depender  da consciência que, desde o início, se tem dos valores —  a exemplo da Sagrada Família.

FELIZ NATAL!

 

 

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