sexta-feira, 28 de junho de 2013




                                       BRAVO POVO BRASILEIRO






Sob jugo dos desejos é como vivemos hoje, o que constitui uma descida aos infernos, quando a tendência é abraçar os sete pecados capitais, não apenas os do capitalismo, mas de um tempo novo, onde os impulsos são os mais comezinhos. Se condescendemos com o pecado, se queremos satisfazer desejos a qualquer custo, isso pode nos levar à perda do sentido da própria vida. Uma pergunta se impõe: Ainda queremos ou podemos ser felizes? A juventude brasileira parece querer mudar, daí os movimentos dos últimos dias, mostrando que eles podem se reunir para torcer pelo futuro da nação e o próprio, e não apenas pelo time de futebol e outras coisas que não lhe dizem respeito. Dão os jovens  prova de que podem se indignar, em vez de apenas se alegrar nos estádios, se embebedarem nas boates. Saíram os jovens em passeatas pelas ruas pedindo honestidade e mais competência dos políticos. Certamente porque eles também estão dispostos a ser mais responsáveis, nem todos, pois há os baderneiros. A coisa partiu da internet onde se fala de tudo, inclusive de religião, como se estivéssemos na idade média, onde estamos mesmo. Mas a fé de verdade está perdendo sua força, o espírito numa espécie de queda livre para o abismo da imanência, ou transcendência emergencial.
Os novos filósofos propõem a transcendência na imanência, o que viria através da família moderna, em combinações diversas. A família, núcleo da nossa transcendência, nascida da necessidade terrena, e não mais da Igreja ligada ao céu, a quem se propõe armações de toda sorte, maquinações diversas, para tentar salvar o homem da dor moral em que se consome. Mundo incongruente o nosso, onde o global é o absoluto, o universal, o público. E na eternidade de nossos desejos retornamos ao elementar, fazendo emergir um monstro nesse paradoxal acordo universal, global. O mundo exterior satanizado, que se alia ao particular, ao privado, ao familiar, onde o rei já se sabe quem é, satã. Será que a comunicação, feita virtualmente nas redes é coisa boa ou, simplesmente, perniciosa? Se fazemos amizades com estranhos, se abrimos o coração, o próprio lar, sem que se conheça o rosto desse alguém que se passa por quem não é de verdade, o que acontece? Uma falsa comunicação, particular e prejudicial, que atrasa a vida de tantos jovem e moços que deviam estar dedicados mais aos estudos, ao bem, mas se abrem para o mal, até se deixarem levar pela conversa de um criminoso que só está ali para enganar, roubar, e mesmo prostituir.  As crianças, os jovens, horas e horas frente ao computador se expondo, dando informações sobre a vida pessoal, fato que constitui perigosa invasão de privacidade. E assim cada vez mais aumentam os crimes na internet, um veículo tão importante e mal utilizado.
De repente os brasileiros resolveram mudar de foco. Há duas semanas que a sociedade vive momentos de tensão, e tudo começou com um protesto de jovens contra o aumento das passagens e a favor do “passe livre”. O movimento parece ter emergido do nada para ao caos, com os baderneiros aproveitando para tumultuar. Já os milhares de jovens arregimentados na internet para protestar, pedem com veemência o combate à corrupção dentro dos governantes que tenham mais cuidado como os gastos do dinheiro público, que invistam no que é necessário para a população. Muitas outras coisas passaram para a pauta das reivindicações. São os novos revolucionários, que sentem no bolso e na vida os desmandos que acontecem, por conta de erros em políticas públicas adequadas ao bem estar dos brasileiros. Mas que não se esqueçam dos próprios erros, quando se aproveitam irresponsavelmente das benesses que lhes chegam. Chegou a hora dos estudantes estudarem mais e respeitarem os professores, contribuindo para o progresso da nação. Em duas semanas, os protestos se estenderam no tempo e no espaço, e o congresso não para de trabalhar, acaba de rejeitar a Pec 37, que só beneficiava os corruptos. A corrupção passa a ser considerada crime hediondo.  Bravo congresso... Bravo povo brasileiro!    

                      



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