sábado, 1 de junho de 2013

                    FILHOS

           

                    
              
               Faz parte da revolução de costumes que acontece no Brasil e no mundo as mulheres que não querem filhos, ou que planejam a maternidade em número e no tempo adequado às necessidades pessoais e da família. Fenômeno que as estatísticas confirmam, e já não causa tanta polêmica, como causaria no passado, mesmo que haja contestação de muita gente boa. Dizem que se faz a opção pela tecnologia em detrimento da cultura. Acho que vivemos outra cultura, a do individualismo, do consumismo, mas cultura, que pode não ser melhor nem pior que a precedente.  Ninguém mais se sente frustrado por não ter filhos, e em série, como antigamente. Quando as mulheres começaram a ter oportunidade de trabalhar fora, ficavam cheias de dúvida, até com algum desgosto, pois seria uma injustiça imposta pela vida, não lhes dando um marido, nem condições para ter filhos, muitos, se possível. Não é mais assim. As mudanças acontecem, de acordo com as necessidades humanas, com os avanços sociais, além de tecnológicos. Parece que chegou ao fim o tempo de “os meus os teus os nossos”. E menos por necessidade e mais por vontade é que muitas mulheres deixam de dizer sim à maternidade compulsória.  Assume-se a realidade da vida moderna, do mundo superpovoado, do direito à felicidade, sem estar tão sujeito aos rigores da natureza, ao atraso cultural. Tantas adolescentes que engravidam sem a mínima condição psicológica. Sem completarem os estudos vão  fazer o que? Engravidar cada vez mais. A educação e os métodos anticonceptivos, antes considerados indecência, na realidade, ajudam as mulheres a ter os filhos na hora certa. Elas ainda querem filhos, mas que venham quando as futuras mães estiverem melhor preparadas para a nobre função da maternidade, o que a tecnologia ajuda a concretizar até com o  congelamento de óvulos.   




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