terça-feira, 11 de junho de 2013

               


                    SONHO DE UMA NOITE DE VERÃO

            




            Em Atenas está programado o casamento de Teseu e Hipólita, o plano é social, cultural e político, dentro da história, precedido por desentendimentos de casais em outros planos, não históricos. A civilização ocidental, o helenismo, vai tentar uma saída para o impasse. O universal Teseu decide que outras bodas devam acontecer ao mesmo tempo que as dele. No texto de Shakespeare temos Hémia e Helena, ou seja, a crença e a arte, que   amam Lisandro e Demétrio, respectivamente. Em pleno preparativos para as bodas as duas irmãs vão se tornar inimigas, pois os eleitos deixam de corresponder aos seus apelos. As personagens femininas estão seguras do seu amor, ao contrário das masculinas que são levianas. Num ambiente adverso, de transição entre o primitivo e o civilizado, os desejos são extremados e acontece a troca dos casais: Demétrio, o amor de Helena, cai de paixão por Hérmia, amor de Lisandro.  A dionisíaca paixão que antecede a visão apolínea e sóbria da vida. Egeu, pai de Hérmia, quer o casamento da filha com Demétrio em vez de Lisandro. Em fuga para a floresta Hérmia e Lisandro, o casal apaixonado, vai sofrer a interferência de Puck, o espírito natural, para fazer  Demétrio, que corre atrás de Hérmia, amar Helena. Puck recebe ordens de Oberon, o poder dos mares, ou do inconsciente, que está martirizado pelo ciúme que tem de Titânia a rainha das fadas, ou da fantasia.  O  gênio da floresta promove a maior confusão.

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