domingo, 2 de junho de 2013

       
       
           

        
        O BICENTENÁRIO DE DOIS GRANDES MESTRES

    


      Trata-se de Richard Wagner (1813-1883) e Giuseppe Verdi (1813-1901), os maiores nomes da ópera, sempre presentes nas salas de apresentações pelo mundo afora, desde que aconteceu em 1607 a primeira obra lírica completa, “O Orfeu”, de Claudio Monteverdi. Na atualidade não há cantor lírico, nem interessado em música, que desconheça esses dois expoentes da ópera, nascidos antes da transformações por que passou a Europa, nem o primeiro era oficialmente alemão, nem o outro italiano, pois Alemanha e Itália só passaram a existir no segunda metade do século XIX. Wagner expressa o romantismo alemão, era famoso por suas criações épicas, uma espécie de mitologia nacional, seus libretti de espacial qualidade escritos por ele mesmo. A ópera “O Anel do Nibelungo”, considerada a mais ambiciosa arquitetura musical da história, não havendo nada que identifique a música de Wagner com a tragédia nazista, já que o anel represente a riqueza que se possui, e não o orgulho nacional alemão. Verdi, com outro tipo de nacionalismo, sempre a serviço do público que ele satisfazia, criando sua música para um texto pronto. A ópera “O Trovador”, baseado no drama romântico do espanhol Antônio García Gutiérrez; Otelo e Falsaff baseado nas peças de Shakespeare, as adaptações dos textos aquém da música de Verdi. Dois nomes excepcionais na música, num século que deu grandes nomes na literatura: Ibsen, Strindberg, Balzac, Flaubert, Tolstoi e Dostoievski. O que eles teriam em comum? Viviam um tempo politicamente enfermo, que ia produzir as patologias do século seguinte, segundo Nelson Ascher, na revista Veja da semana passada. 

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