quinta-feira, 16 de janeiro de 2014





           

           "ROLEZINHOS"

          


          A novidade agora são os rolezinhos, jovens que se reúnem numa brincadeira, diversão apenas, ou querem chamar atenção para algo que lhes falta e incomoda. Os recentes que aconteceram em S. Paulo, com a garotada correndo para lá e para cá nos shoppings, com o perigo da infiltração de marginais, prontos para tirarem proveito da situação. Os comerciantes, pegos de surpresa, trataram de fechar as portas dos seus estabelecimentos, para não correrem o risco de ter as mercadorias destruídas, roubadas, vivem desse capital. Rolezinho a gente sempre fez. As procissões religiosas, como lembram no Facebook, sair pelas ruas para manifestar a fé que se tem, em vez da descrença, coisa moderna, do mundo que se transformou e quer enlouquecer de vez.




         


Dar espaço à garotada, mas também limite. Reprimir de forma violenta quando a coisa transborda é erro fatal, piora a situação. Os jovens expressam-se do jeito que sabem, e quando estão agitados é sinal que algo está errado; com eles, com o mundo que os cerca, ou com os dois. Quem não sabe, não vê, não sente que as coisas precisam melhorar? Na família, nas escolas, no trabalho. A sociedade que marginaliza, ofende, afronta. Repensar as atitudes, os comportamentos, as relações, é coisa para já. Antes tarde do que nunca. Na família, que haja mais respeito e colaboração, mais amor.  É comum querer sempre levar vantagem, ter lucro de qualquer jeito, sem pensar no próximo, na sociedade como um todo. Fala-se muito dos políticos brasileiros, capciosos e cleptomaníacos.

           Os exemplos são péssimos para os jovens, que se veem desmotivados, sem esperança. Ninguém lhes aponta um caminho que possam percorrer de forma a se sentirem de bem com eles mesmos e com a sociedade. Pensam em entrar  para o jogo sujo, ou se lascar para toda a vida. Mas é bom que eles saibam que não é bem assim. Se acreditam que vão se lascar de qualquer jeito, se não querem fazer nada, partem para a ignorância, para baderna. Temos que dar esperança aos jovens, que eles acreditem que vale a pena estudar, trabalhar, amar e ser amado.  Uma menininha de quatro anos, de classe média alta, disse ao avô que a vida dela de criança era muito chata, estava profundamente infeliz. Hoje as crianças têm pressa, não querem esperar o tempo certo para fazer as coisas, e os pais prontos para ceder à ansiedade dos filhos, que eles próprios, muitas vezes, são os responsáveis, as crianças cedo metidas em aventuras, impróprias para sua idade. Um desastre!    

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