sexta-feira, 21 de março de 2014



               JOSÉ DE ANCHIETA, “O APÓSTOLO DO BRASIL”

         



         Há os que entram, ou melhor, invadem, para nada acrescentar, apenas se locupletar. Acontece nas famílias e comunidades, que crescem em tamanho mas não em bens, os mais importantes que são os bens espirituais, ou sejam, fé, esperança e caridade. Verdadeiros vândalos, que surgem para sugar tudo que podem, quando não destroem, e ainda se fazem de vítimas. No passado foram os colonizadores nas terras que descobriram, ou melhor, exploraram. A importância que tiveram os jesuítas que para cá vieram como elo civilizatório, e aqui chegando fundaram cidades, a partir da criação de um colégio, o caso do Colégio São Paulo, que deu origem à grande metrópole brasileira. Uma carta de Anchieta aos seus superiores diz o seguinte: “A 25 de janeiro do Ano do Senhor de 1554 celebramos em uma paupérrima e estreitíssima casinha, primeira missa, no dia da conversão do Apóstolo São Paulo, e por isso a ele dedicamos a casa.”
      Os jesuítas também livraram os nativos da escravidão e os catequizaram no amor de Cristo, aos milhares.  Nascido nas Ilhas Canárias, em 1534, José de Anchieta foi denominado o Apóstolo do Brasil, sendo considerado ainda pai da literatura brasileira, gramático, poeta, teatrólogo e historiador, escrevendo em português, espanhol, latim e tupi. Refém dos Tamoios em Iperoig, compôs o famoso “Poema à Virgem” escrito na areia da praia, segundo a lenda. Caminhava José de Anchieta duas vezes por mês, os 105 quilômetros entre Iritica e Vitória, com pequenas paradas para pregação e repouso nas localidades de Anchieta, Guarapari, Ponta da Fruta, Barra Jucu – percurso que vem sendo percorrido por peregrinos, semelhante ao Caminho de Santiago, na Espanha.
       Missionário extraordinário, que desde sempre todos tinham como santo, José de Anchieta, após quatro séculos de sua indicação, vai ser canonizado pela igreja católica no dia 4 de abril. Reconhecidas as realizações do jesuíta em prol da boa formação do nosso país, ao lado de outros companheiros da Ordem, fundada por Santo Inácio de Loiola, que só agora tem também um dos seus membros no trono de Pedro. Eleito o papa Francisco com júbilo, pela competência no trato com as coisas da igreja e por sua humildade. A restauração da fé, abalada por escândalos, que esse jesuíta realiza, acostumado a dialogar com o povo, saber de suas necessidades, escutar suas queixas. A santidade que irradia Francisco, tanto quanto João Paulo II e os demais santos da Igreja.        

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