domingo, 23 de março de 2014



                     

                       
                       
                       O AMOR NO OUTONO DA VIDA

                                                                 ficção

           Sempre ao cair da tarde, ele sonhava com o reencontro.  Após o trabalho ficava sentado no café perto do seu edifício de classe média, pensando que ela chegaria apressada, ele a espera para vê-la meiga a sorrir. Ela também vinda do trabalho. Doce o seu beijo, quente o seu abraço, eles presos para sempre em doce laço. Faz algum tempo! E cada vez mais ele sentia a sua ausência, muito que ela o fez feliz. Reencontro tantas vezes postergado.  Sabia que ela estava só, ele também, vivendo solitários o que poderia ser a fase melhor de suas vidas. Deixaram por um tempo de ser únicos um para o outro, tempo de encontros e desencontros. Injustos que foram um para com o outro. Ele tinha agora medo de esquecer e ser esquecido para sempre. Às vezes, a vida faz com que a mente se ocupe do que passa em volta, e deixe de fora o amor, que vai apagando do coração, da memória. Crueldade com as pessoas que se perdem, sem que haja remédio de farmácia para isso.  O que o amor exige é paciência e coragem para enfrentar o inverno, que passa, e ver surgir as flores da primavera.  Casais, hoje felizes, tiveram momentos difíceis, mas lutaram contra o desamor, sem medo. Essa é a vida verdadeira.  Parabéns para aqueles casais que estão chegando juntos e felizes ao outono da vida. Não faltam conflitos na vida pessoal, que para dirimi-los há de se recorrer ao diálogo, em vez de acessar armas letais. É o caso das nações que querem resolver as coisas no enfrentamento, sem a mediação do bom senso, que seria a política da boa vizinhança, pregada por Roosevelt, que ora falta à Rússia.   

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