segunda-feira, 31 de março de 2014




             

                                         POBRES DE NÓS

               
                           Obra de Edvard Munch- A Tempestade-(1893)

       Não adianta, não tem jeito, falta amor, falta fervor. Falta caráter, sobra dor. Atualmente é assim, a meta é a satisfação imediata dos desejos, ter coisas, pelas quais as pessoas são capazes de trocar a própria dignidade. O interesse material de um lado e a verdadeira razão de viver do outro. A mulher é quem mais sofre com essa cruel realidade. Ter aquele anel de ouro ou mesmo bijuteria no dedo, ostentar aquela bolsa de grife, calçar aquele sapato da última moda, ir para abalada mais quente do pedaço, é o máximo de felicidade que a moçada pretende alcançar hoje em dia. Os desejos primários satisfeitos e fica tudo bem. Perdemos a capacidade de ser feliz de verdade. Estaríamos sendo forçadas a isso, envoltos que estamos em um mundo de contingências? Perdido o sentido da vida, que ficou reduzido a ínfimos prazeres.
    
                    


               
                                  50 ANOS SE PASSARAM

                 

            Hoje faz 50 anos que ocorreu um golpe militar no Brasil, em 31 de março de 1964. A maioria do povo brasileiro e mesmo a população mundial à época apavorada com o comunismo que ameaçava os países ocidentais com suas armas nucleares, com seu ateísmo. O comunismo russo em choque contra o capitalismo e as liberdades individuais, as maiores conquistas da civilização ocidental. Estados Unidos e Rússia vivendo a chamada “guerra fria” e o resto do mundo na expectativa de um conflito nuclear entra as duas potências, que ameaçavam destruir uma à outra. No nosso país o momento era conturbado, a loucura de Jânio Quadros cedia lugar à irresponsabilidade de João Goulart. Com a renúncia do primeiro assumia a presidência da república o afilhado de Getúlio Vargas, títere do cunhado Leonel Brizola, político sagaz, que se dizia comunista, mas na realidade um oportunista.  Jango causava apreensão, chamado às pressas da radical China comunista para ser presidente, cargo para o qual não fora eleito. No poder Jango se deixa enredar por Brizola e suas contradições, daí o apoio dado aos militares pelas várias camadas da sociedade.
            
               Com o golpe militar foi implantada uma ditadura no país, não prevista pelos que apoiaram o movimento para livrar o país do comunismo, a favor da democracia. Foram vinte anos dos militares no poder, o país sufocado por um regime ditatorial. Outras ditaduras aconteceram pelo mundo afora, mas acabaram por ruir todas elas. As nações precisam da liberdade para escolher seus dirigentes, capazes de implementar políticas públicas adequadas ao país. No Brasil foi restaurada a democracia, sendo dada anistia para os crimes da ditadura e dos guerrilheiros comunistas, jovens imaturos, mas não menos perigosos. Com o esfacelamento da União Soviética, o comunismo acaba por ser banido para sempre, embora tenha quem ainda acredite no regime totalitário, que sobrevive em Cuba, um país, antes progressista, falido desde que Fidel Castro assumiu o poder. O capitalismo vitorioso, adepto da riqueza e liberdades individuais. As nações capitalistas, democráticas, cujo sucesso depende do progresso, e que seja para todos.  Fazer valer a justiça social e banir a corrupção. Ambições desmedidas continuam a ameaçar a paz mundial, em foco o expansionismo russo.  




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