quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015







         
     FIM DOS TEMPOS OU DAS ILUSÕES

 
                                                 Fim do carnaval 2015

      Nada como o carnaval para nos fazer refletir sobre a loucura da vida. Enquanto uns sambam outros sofrem as dores de um mundo convulsionado por guerras e toda sorte de desentendimentos e misérias. Festejamos a folia de Momo mesmo inseguros, que ninguém está seguro nesse mundo, a bandidagem no Rio, como sempre, a fazer vítimas, tendo um turista alemão recebido, em vez de confete e serpentina, duas facada no abdome por não entregar sua máquina  fotográfica ao bandido.

         A realidade da vida é osso duro de roer, com ou sem carnaval. Problemas e mais problemas para resolver, além dos insolúveis. Aqui e ali sempre uma catástrofe ameaça o mundo, e a cada um de nós em particular, o caso do câncer. Mas é bom viver, apesar dos pesares, e já que estamos aqui, a nossa revelia, ou escolha (para quem acredita em reencarnação).

        De uns tempos para cá o ideal é o conforto, esse motor que faz girar a engrenagem do mundo moderno, quando se passou a acreditar que se pode viver melhor o dia a dia, consumindo coisas e loisas. E mesmo com todo o avanço científico e tecnológico, há um imenso desgaste das ilusões, em especial para as mulheres, que abandonaram a religião e a maternidade para seguirem uma vida secular e profissional pouco satisfatória, quando  excludente.

       Cada tempo tem sua virtude, hoje é estar bem informado, ter emprego e cuidar da saúde, e por aí vai, coisas que nos colocam num patamar elevado de progresso físico e material. Nossa humanidade ajustada, todavia, a um modelo narcisista e individualista, que nos coloca quase num beco sem saída, o que seria prenúncio de um fim nada honroso para nossa civilização.

       Quem dera houvessem mais dessas famílias especiais, quase sumidas da sociedade, hoje constituída de falsos profetas, de predadores. Raras as famílias exemplares no convívio com as demais pessoas, beneficiadas com o que há de melhor, tanto no campo profissional, quanto espiritual. Um privilégio, que o poder dominante da ignorância não dá mais valor. Se o mundo  desmoronar de vez, o jeito é recomeçar a jornada fumando cachimbo e tocando tambor, primitivas expressões culturais...             

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