terça-feira, 3 de fevereiro de 2015





       VERSO E PROSA NA INTERNET





      

         A internet surgiu no nosso país ainda sob o regime militar, quando então era mal vista pela censura que controlava até os pensamentos das pessoas. Que maravilha, num simples toque na tecla do computador termos a informação que se quer! Também a comunicação pessoal facilitada, até demais, através das redes sociais. Todo mundo querendo se comunicar com todo mundo, num febre de comunicação que pode se revelar conflituosa.  Alguns internautas preocupados em serem reconhecidos pelo público como belos e bons, ou ao contrário, feios e maus, conforme se expõem. O otimismo que vem acompanhado de um moralismo deslavado, o que não seria tão ruim, se não houvesse os exageros, a vulgarização da mensagem, a ponto de irritar os mais aficionados em postar coisas e loisas.
          Fernando Pessoa e Clarice Lispector são os preferidos para transmitirem mensagem de amor e de paz, afinal são os mestres do disfarce, como eles próprios se declararam em verso e prosa, citados na internet pelos bonzinhos de plantão, dando a entender que os outros não prestam. Podem, inclusive, causar aborrecimento pela má interpretação da mensagem dita na hora errada, em lugar errado, para a pessoa errada. Teríamos chegado não ao Nirvana, mas ao inferno da comunicação, pois tem ainda os que se fazem de justiceiros. Uma moçada sem noção que descarrega pela internet sua adrenalina. A maldade não é para amadores, mas coisa de profissionais treinados pelo Al-Qaeda, para onde alguns rebeldes das redes sociais querem ir, ao que parece. Gente boa existe, sim, mas fica difícil detectar a bondade entre tanta falsidade. O bom vira mau, e o mau vira bom, coisa da comunicação via internet. As redes sociais são mestras em fazer confusão.    

 


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