domingo, 1 de fevereiro de 2015





                  
               NÃO ALCANÇAMOS O NIRVANA

 
 



         No mundo contemporâneo o que mais se vê de inusitado são pessoas obcecadas, numa busca insensata por qualquer coisa, ou “causa”, certamente para suprir o vazio existencial em que as vidas se transformaram.  Não chegamos ao nirvana mas num estágio de tédio, com o materialismo arrogante sugando as energias, em troca de nada, ou de grande insatisfação. Esse ser, dito homem moderno, ambicioso e ansioso que ultrapassou seus limites para chegar a níveis de progresso, mas também de frustação, nunca antes atingido. Por exemplo, os jovens tomando Viagra para aumentar seu desempenho sexual e fazer bonito, o que pode causar até morte. 

     A religião nos aponta um sentido para a vida, mas o mundo deixou de existir nos moldes do passado, mães que buscavam alento na profundidade religiosa, o que acabaram trocando pela superficialidade e intensidade contemporânea. As famílias hoje reduzidas a quase nada, num mundo superpovoado, com pessoas dedicadas ao consumo de coisas materiais. A espiritualidade consumida como um produto qualquer, comercializado com má-fé. 

       Bem verdade que hoje as mulheres são mais valorizadas como profissionais competentes e também mães. Mas olhando ao redor vemos pessoas frustradas pelo desejo de terem ao menos um filho que seja. Os homens que não podem ou não querem fecundar as mulheres para não se comprometerem, nem tirá-las do mercado de trabalho. A que ponto chegou a ambição no nosso mundo que se tornou estéril, além de continuar machista. A culpa  vem lá de trás, quando a mulher era mantida em casa procriando sem parar.

         A humanidade fértil na medida certa e não como coelhos, é o que proclama o papa Francisco. O momento de libertação para a mulher, o tanto que ela se virou para povoar o mundo, tendo hoje que reduzir a prole a níveis compatíveis com a oferta de bens disponíveis na natureza para serem explorados. A visão real diferente da visão ideológica, inclusive no sentido da procriação, os futuros pais convictos dos filhos que querem ter, ao dizerem sim à  excelência, em vez da simples sobrevivência da espécie. 

        Aceitar a realidade requer maturidade. Observo rapazes de tão boa compleição física, adquirida à custa de muita vitamina e também nas academias, de onde sinto partir uma ponta de desconfiança, mesmo preconceito, para com os mais velhos. Foi nos anos 60 que surgiu a ideia de que os jovens iam inventar um mundo melhor, mas o que vemos é uma geração de retardados mentais em termos de moral. Um grande contingente que veio das camadas mais medíocres da população, estimulados em seus arroubos consumistas, desde crianças.

          As pessoas hoje, excessivas em tudo, principalmente na crença em si mesmo. Mimados e andrógenos, em vez de homens e mulheres dispostos ao trabalho e a contribuírem de verdade para um mundo melhor. A formação que nos define, não nascemos pleno. A boa formação, pois cada um tem o dever de preencher com sabedoria o que lhes falta, e não se tornem retardados mentais, seres improdutivos, masturbadores inférteis. E sejam cumpridos os desígnios da natureza, para que se possa viver em harmonia e equilíbrio pessoal e social. Com respeito e sem preconceito. 
 
    

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