terça-feira, 24 de fevereiro de 2015





                   PARAR DE PENSAR

 





 Em certas ocasiões, um desejo me ocorre: parar de pensar.  Acontece quando algum pensamento desagradável teima em não sair da cabeça. Uma coisa puxa outra e já estou numa conflagração de ideias. O pensamento que vai e volta, numa obsessão. Coisa que pega de jeito, como aquele gripe que deixa o corpo incapaz de fazer qualquer coisa a não ser pensar. Se é um texto que quero escrever tudo bem, pensar para produzir é bom. Geralmente quem escreve tende a pensar demais, analisar tudo muito bem, também imaginar situações, criar. Acabo de sofrer um desses rasgos de criatividade nada agradáveis. Costumo nessas ocasiões ficar no ponto morto, mas dessa vez quis extravasar para o confronto. Dei-me mal, a coisa não era o que parecia e acabei aborrecida e provocando aborrecimento a outrem, sem necessidade. O copo d`água teria transbordado?   

Com a facilidade de comunicação a coisa piorou, é xingamento pra cá, desaforo pra lá, que todo mundo alimenta no íntimo uma guerra particular, seja por qual motivo for. Mágoas todos nós temos, o que ninguém deve é alimentá-las. Haja coração, ou cabeça, que ninguém é de ferro. E como somos castigados pelas decepções, que quase nos tornam santos, senão doidos.  Doido de pedra, pois ainda tem quem jogue em cima da gente toda sorte de coisas, principalmente se houver oportunidade para que façam isso. Podemos ser danados de bons e tem quem ache pouco, discordem da nossa bondade. Querem mais, muito mais. É o que penso.

Pensando mais, cheguei à conclusão que toda mulher é meio, ou totalmente doida, faz parte de sua natureza. Era mais doida, de tanto amar. Ou piorou a doidice? Mas também, convenhamos, qual homem sente o que a mulher sente, essa necessidade de amar e ser amada? Sendo assim a necessidade primordial da mulher é, ou era, encontrar um homem que caia na sua sedução, e juntos realizem o sonho feminino de felicidade que é ter uma família e filhos. E quase sempre o que eles querem mesmo é  sexo, nem todos, lógico, tem até homens mais afeitos ao lar que suas mulheres.
Coisa do passado a mulher 24 horas dentro do lar, ela virou quase um homem, e não quer mais ter marido e filhos. Quer ser dona do pedaço sozinha. O homem, nem se fala. Mas o vazio que ambos os sexos sentem hoje, e a necessidade de um acordo para realização de seus eternos anseios de felicidade juntos, ajustadas as diferenças, como devem ser. Juntos, mas nem tão misturados, cada um livre para ser uma pessoa de pensamento e verdade. Se estamos numa encruzilhada vamos sair dela, a natureza fala mais alto.  

  


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