domingo, 10 de janeiro de 2016






                                  

                            PARTILHAR É POSSÍVEL

 

 


           Nunca pensei em defender Jean Willis, deputado federal, que em Brasília tem posicionamentos, no mínimo polêmicos. Participante de um os primeiros BBB da rede Globo, o único que assisti, era um rapaz humilde e discreto, que de pronto declarou sua opção sexual, mas teve comportamento exemplar, pessoa digna de respeito, até admiração, e ganhou o prêmio. Logo depois foi eleito deputado, e no Parlamento passou a ter uma atuação diferente, agressivo em defesa de teses esdruxulas, sobre direitos sexuais, até das crianças mudarem de sexo se assim o desejassem, coisas que ferem o bom senso, e, se aceitas, levariam à dissolução da sociedade. Não gosto nem um pouco Willis agora, a forma como ele pensa mudar o mundo, para pior, muito pior. Mas vamos lá, o deputado do PSOL fez uma visita a Israel, e escreveu sobre a viagem, o que observou, as experiências que teve, acordando em tudo com os israelenses. 
          Quem dera se Willis se convertesse! Imagina esse crente, contrário a tudo que pregou até aqui!  Bolsonaro era quem mais iria festejar, um militar e deputado linha dura, que tem acaloradas brigas com seu colega. Como pessoa discriminada Willis está sendo coerente ao se posicionar em defesa do estado de Israel, na partilha das terras da antiga Palestina. Em terras antes desértica hoje viceja um país, com povo que tem na cultura sua grande riqueza. E sobre o impasse criado com os palestinos, o deputado concluiu que “partilhar é difícil”. Mas é possível, uma vez que só há uma saída, o entendimento e que a paz se consolide, em benefício de ambas as partes. Israel é uma realidade, e só merece louvor o trabalho feito pelos israelenses, que se dirigiram em pequenas levas, para aquelas terras, ainda no século XIX, fugindo das perseguições no mundo todo. A criação do estado de Israel,  que só aconteceu em 14 de maio de 1948, após o Holocausto,  com o fim da segunda guerra mundial, em 1945. Com isso palestinos e judeus começaram as guerras, em vez do diálogo, para obterem uma partilha justa, e a paz.

         A posição sionista de Willis causou celeuma entre seus fãs, radicais contra o sionismo, e que passaram a esbravejar contra o guru nas redes sociais. O antissionismo que esconde o antissemitismo, como falou o próprio Willis. Absurdo,  alguém em sã consciência pregar o fim de Israel como nação, insano radicalismo. Judeus e palestinos, dois povos que têm a mesma origem, embora professem crenças diferentes. Alá contra Jeová, ou vice-versa, isso em pleno século XXI? Na verdade é a ultradireita israelense de um lado e os grupos terroristas islâmicos do outro, que dificultam as negociações. A ambição, o egoísmo, mesmo fanatismo, dos que não querem compartilhar nada com o outro. É no tudo ou nada! Os radicais do lado de cá aproveitam para promover uma guerrilha virtual e unilateral. Partem para insultos, blasfêmias, o que para os cristãos causa apreensão, pois também sofrem com o preconceito, com o radicalismo. 

 

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