domingo, 24 de janeiro de 2016






                                   UMA BOA SAFRA

 


        É o que se almeja todos os anos, uma boa safra. Não apenas quanto aos produtos de consumo, mas de pessoas nas escolas, no trabalho, na política, na sociedade, como um todo. Em meados do século XX, crianças e jovens frequentavam colégios públicos de primeiríssima qualidade, também os excelentes colégios particulares. Havia uniformidade na educação conservadora ministrada na época, sendo que nos colégios católicos, de tradição milenar, os alunos deviam ainda cultivar a fé. Todos o ensino visava, em especial, a preservação dos bens morais, familiares e sociais.

         O foco no presente, passado e futuro, quando os alunos eram devidamente assistidos como pessoa na sua totalidade. No contexto educacional levava-se em consideração o conhecimento, sem descuidar do necessário ao ser humano e à civilização, com sua cultura humanista, no que se acreditava. Foi uma boa safra colhida no passado recente, com que se nutriu a sociedade para que avançasse, depois da experiência traumática de duas grandes guerras mundiais. Avançou o homem em conhecimento, chegou ao topo, nunca dantes imaginado. A riqueza material a dominar o cenário mundial, enquanto, um bem maior foi deixado para trás, a Paz. A falta de concórdia entre pessoa e povos constitui o calcanhar de Aquiles em todas as sociedades, em todos os tempos.

      Sabemos que uma boa safra precisa de cuidado adequado, e, ao ser produzida em larga escala, como hoje, que tenha como se preservar das intempéries, dos ataques nocivos, de todo o mal. E que a safra não se deteriore, nem se extravie pelo caminho, devido a roubos, desastres, devido ao péssimo estado dos caminhos até chegar a destino certo. Cuidar do cultivo, da colheita, do transporte, para que a sociedade e todos os lares possam contar com o necessário ao seu bem estar, é o que almejam os homens de boa vontade. Atualmente clamamos aos céus que o mundo se livre da péssima safra de ideologias, de crenças, que pretendem acabar com a civilização, até mesmo com a espécie humana. “Oh, tempo, oh, costumes!” Teria clamado Cícero no Senado Romano, antes da civilização cristã.

   

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