quinta-feira, 30 de maio de 2013

                 

                                    E S S A S    N O V E L A S!





                As novelas da rede Globo sempre causam grandes expectativas, e duas dela acabam de entrar no ar: “Sangue Bom” e “Amor à Vida”. As anteriores decepcionaram os telespectadores, sempre à espera de grandes histórias que despertem fortes emoções, e ocorre sistematicamente a cada oito meses, ou menos. Sempre há a tentativa de superar o sucesso anterior, ou o fracasso. Excelente tecnologia, boa direção e interpretação merecem histórias à altura, o que nem sempre acontece. Mas é assim mesmo, não há o que lastimar, só relaxar e gozar como disse uma ministra tempos atrás. Conselho que tem pertinência nesse caso, que não é de falência do sistema, só dificuldade que às vezes acontece em prender o telespectador na cadeira da sala. De minha parte, gostei da reprise de “Guerra dos Sexos”, enquanto “Salve Jorge” ficou bem aquém das promessas iniciais, com tantas personagens que pediam melhor atenção, assim como os protagonistas, time de primeira.
     Página virada, e lá vamos nós com toda boa vontade acompanhar a história de Walcyr Carrasco, que estreia no horário das nove, e coloca um gay como vilão, o que é de se estranhar, seria politicamente incorreto. Parece que ele vai ser páreo duro para Carminha da “Avenida Brasil”, novela de sucesso, sua vilã difícil de ser superada, na excelente interpretação de Adriana Esteves. Como contraponto ao gay do mal entra na nova trama um bem comportado casal gay. Acontece no país e no mundo a polêmica sobre o casamento civil de pessoas do mesmo sexo, e nada mais oportuno que mostrar na tela essa questão, típica da nossa condição humana. Além do mais, o personagem Clô, interpretado por Marcelo Cerrado, foi um grande sucesso gay, e isso é que mais importa para a emissora que tem de faturar com os comerciais. Mateus Solano está encarnando o malvado Felix que vai ficar cada vez pior, o que o autor promete, e o público torce. Haja coração.

        

         A novela das sete tem uma história mais leve com personagens jovens em seus encontros e desencontros amorosos, típicos da idade. Sem faltar a vilã, interpretada pela ótima Júlia Gam, que adota crianças para se exibir. Inclusive, vive dizendo para o menino adotado que ele é negro, senão vai ser gay, para provar que a mãe adotiva deles não tem preconceito. Atitude  que não está fora da nossa louca realidade. Tem o orfanato de onde vieram as crianças adotadas, onde convivem outras crianças num ambiente de atenção e carinho. Aprendemos no serviço social que as crianças que vivem em orfanatos podem ser felizes, sim, e as pessoa que cuidam delas geralmente fazem bem o papel de pai e mãe. Ponto para o autor da novela. Só que o amor entre eles na fase adulta é meio problemático, mas as novelas conseguem que as coisas deixem de ter problemas, como por milagre. Agora é só esperar para ver qual o rumo que vão tomar essas duas novelas, que desejamos sucesso para o deleite dos noveleiros.  

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