sexta-feira, 29 de maio de 2015





                        
 
                   A "VIRGEM DE BRUGES"

 
 
 
 

Estávamos em Bruxelas e escolhemos conhecer a pequena cidade medieval de Bruges, fazer uma visita à “Virgem de Bugres”, como é popularmente conhecida a escultura Madonna e o Menino de Leonardo da Vinci, que tem muita história para contar, tendo passado por inúmeros percalços, em consequência das guerras, inclusive, permaneceu escondida em um depósito nazista de obras de arte roubadas dos países ocupadas, para fazerem parte do megalômano museu que Hitler pretendia construir.  Após a derrota do ditador alemão a imagem foi resgatada, juntamente com milhares de outras obras primas, fato que é contado no filme “O Caçador de Relíquias”, com George Clooney. A escultura voltou então à antiga catedral de Bruges, sendo pouco visitada se compararmos com a Mona Lisa no Louve, onde o povo se acotovela para ver a pintura do artista italiano. Causa certa estranheza ao visitante, ser a catedral tão escura e triste, o que viria da influência cultural protestante, mas onde a beleza do mármore divinamente esculpido por Leonardo da Vinci, ilumina o ambiente. Foi essa a única obra de Da Vinci que deixou a Itália, enquanto a artista era vivo, comprada por um patrono da cidade.


        
  
          Chegamos a Bruges de trem, e logo na entrada da cidade o que se vê é o encantador parque Minnewater que parece estar ali para dar as boas-vindas aos visitantes. E da ponte que vamos atravessar olhamos a cidade na qual vamos fazer uma viagem no tempo. Conhecer a “Veneza do Norte”, passear de barco pelos canais que cortam a cidade. Além dos encantadores barcos repletos de turistas,  as carruagens são os veículos que mais circulam em Bruges, obrigatório pegar tanto um quanto o outro para conhecer melhor os recantos existentes. Paramos para o almoço em uma encantadora praça, das muitas que existem na cidade, com bicicletas ocupando parte dela, que tem ainda um quiosque de sorvete, e só. Do outro lado alguns restaurantes e bares. Tudo muito bem planejado para atrair e dar conforto aos turistas. Observando tudo isso, pensei como seria interessante fazer o mesmo da Praça da Alegria em S. Luís do Maranhão.

         

 
             A capital maranhense foi igualmente tombada como Patrimônio Universal. Só que a então populosa e progressista S. Luís, conquanto possua encantador casario, se modernizava quando do seu tombamento, nada sendo feito daí para frente, o que foi um duro golpe para a cidade, com grande quantidade de prédios abandonados, hoje em ruína. Seria o caso de apenas alguns locais devessem ser preservados, em volta das praças por exemplo, onde o encanto permanece. O certo é que a maioria dos prédios desabam por falta de recurso e sem interesse financeiro dos empresários, numa cidade que parece não ter vocação para o turismo. Ao contrário de Bruges, que foi por 400 anos uma “Bela adormecida” e ressurgiu para encantar os turistas. A rua principal da pequeníssima Bruges contém as melhores grifes do mundo.      

 

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