sexta-feira, 8 de maio de 2015






                    DIA DAS MÃES
 
                            

 
Primeira comemoração do Dia das Mães no Brasil pela Associação Cristã  de Moços em 1918

Mês de maio de 2015, e no próximo domingo, dia dez, comemora-se no mundo todo o Dia das Mães. Data muito especial em homenagem à mulher, e quero deixar registrado aqui o amor e carinho que tenho pela minha mãe prestes a fazer cem anos. Lembro dela, mãe orgulhosa, dizendo que seus filhos ao nascerem escorregavam feito quiabo. Tinha-os com uma parteira, por sinal a assistente de um conceituado médico, que não fazia partos, mas podia ser chamado, caso houvesse uma emergência. A futura mãe também era acompanhada durante a gravidez pela mesma parteira. Os cuidados tomados com a saúde, a alimentação sempre saudável, mais reforçada depois do parto, tendo em vista a amamentação. Foi como procedeu minha mãe, que paria os filhos respeitando os dois anos entre eles até o quinto, quando parou, para controle da natalidade.

Neste mesmo mês de maio, no dia 2, um acontecimento trivial, o nascimento de um bebê, causou perplexidade em todos, além da admiração pela recém-nascida, uma princesa, a quarta na ordem se sucessão ao trono inglês. A mãe, Kate Middleton, duquesa de Cambridge, deu entrada no hospital nas primeiras horas da manhã e saiu dez horas depois, graciosa e saudável, sempre uma diva, como se nada tivesse acontecido, a não ser o fato auspicioso de ter um bebê no colo. Fica-se sabendo depois que, se há fenômeno é da própria natureza da gestante, de sua boa educação, assim como de um bom serviço de saúde do qual a duquesa se vale, como qualquer outro cidadão inglês.

Nós brasileiros e brasileiras hoje sofremos como nunca com a falta de educação e de saúde. É pois de dar inveja o nascimento real nas condições em que ocorreu, realizado por parteiras, as mesmas que acompanharam a mãe durante sua gravidez. Os médicos do lado de fora, de prontidão, lógico. Procedimento normal até meados do século passado, quando as parturientes eram assistidas por experientes parteiras, como aconteceu com minha mãe e as mulheres da época. O progresso científico deu ao ser humano o direito de uma vida melhor, mais feliz e saudável, é certo. Mas tudo depende de como se aplica tais benefícios. As mães da década de sessenta em diante, passaram a ter seus partos em hospitais, assistidos por médicos especializados. Muitos deles simplesmente especialistas em cesarianas e em outros procedimentos invasivos, que foram adotados a partir daí.

Interferências médicas desnecessárias e até perigosas acontecem hoje, impostas, inclusive, pela indústria farmacêutica, pelos hospitais. Lógico que as pessoas são diferentes, cada um com seu biótipo, sua genética, mas a regra é não abusar de si, ou da própria natureza, nem da ciência. Há cinco décadas tive meus três partos no auge das cesarianas, e nada de pior me aconteceu, por sorte. O caso da talidomida, por exemplo, um medicamento dado às grávidas contra enjoo, e fez nascerem crianças com deformações terríveis. Além disso, surgiram as radiografias tiradas dos bebês no útero materno, ainda nos primeiros três meses, o que provou leucemia nas  crianças, fato verificável anos depois, quando surgiu um caso atrás do outro.

Os exames dos bebês são feitos agora pelo computador, a famosa ultrassonografia, que toda mãe hoje se orgulha de fazer, mas na maioria dos casos só servem para saber o sexo do bebê. Certamente que Kate Middleton não fez o tal exame, pois é do conhecimento de todos que ela e o príncipe Williams só foram saber o sexo do bebê depois que a princesa nasceu. Portanto, tudo indica que, ao contrário do que aventou a plateia mundo afora, não houve fraude no parto real. Tudo transcorreu em absoluta normalidade, a servir de exemplo para o mundo deslumbrado com a tecnologia que deixa a prudência e o bom senso de fora.

        

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