segunda-feira, 4 de maio de 2015




                      PORTUGAL DE FERNANDO PESSOA

                                




             O QUE TENHO DE ESPECIAL A DECLARAR DE VOLTA DA EUROPA, ONDE ESTIVE HÁ POUCO EM BREVE PASSEIO, FOI A AGRADÁVEL VISITA À CASA DE FERNANDO PESSOA, EM LISBOA. O POETA É A ALMA DE PORTUGAL. TRANSCREVO AQUI UM POEMA SEU EM QUE ELE FALA DE CARTAS DE AMOR, E OUTRO DEDICADO À SUA MÃE, O QUAL SE LÊ EM UM MURRO À ENTRADA DA CASA EM QUE O POETA RESIDIU NOS ÚLTIMOS QUINZE ANOS DE SUA VIDA.

 

     Cartas de amor

 

Todas as cartas de amor são

Ridículas.

 Não seriam cartas de amor se não fossem

Ridículas

 

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,

Como as outras,

Ridículas.

 

As caratas de amor, se há amor,

Têm de ser

Ridículas.

 

Mas, afinal,

Só as criaturas que nunca escreveram

Cartas de amor

É que são

Ridículas.

 

ENDEREÇADO A SUA MÃE, ECREVEU PESSOA UM POEMA DE JUVENTUDE:

 

“À minha querida Mamã:

Eis-me aqui em Portugal,

Nas terras em que nasci.

Por muito que goste d`ellas,

Ainda gosto mais de ti."

                                          26-7-95

 


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário