sábado, 23 de maio de 2015





                        CULPAS, DESCULPAS, PERDÃO

          


Era jovem, quase uma criança, quando saiu sozinho do interior em busca do saber, levando consigo o respaldo familiar e toda a esperança e coragem. Ao tempo de cursar o ginasial veio juntar-se a ele o irmão mais novo, com grande chance de também chegar longe, e assim seguiram em frente. Bons companheiros, tiveram os estudos conduzidos por uma elite de professores ao lado de jovens como eles, Deus a velar por todos que confiam e fazem por merecer. Os tempos duros longe de casa, mas em meio à paz da pequena e encantadora capital maranhense, conhecida então como Atenas brasileira, verdadeiro paraíso na época, para quem tem alma para sentir, e os poetas a têm.

Também morrem os poetas de paixão. Somos aquilo que pensamos ser, e alguém bem conduzido nos estudos, vitorioso na vida, lastimar ter perdido os folguedos infantis, é coisa que ao meu ver não merece crédito. Mas lançada a dúvida no ar, pergunto: um cidadão brasileiro teria perdido a infância ao construir o melhor futuro para si  em tempo felizes, de grandes oportunidades? Como disse Machado de Assis, “a ingratidão é um direito do qual não se deve fazer uso”. Mas é um sentimento inerente ao animal homem. Falo pelo irmão tranquilo e feliz. Grave erro alguém não reconhecer a oportunidade ganha e os bens que agregou para transmitir aos que vieram depois.  

Querer se vingar e ser infeliz por toda a vida, ou agradecer e, mesmo, pedir perdão? Uma vez pedido e dado o perdão, ter a alma apascentada, invadida que foi por força estranha. Assim seremos livres de todo mal. Amém!

 

 

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