terça-feira, 30 de junho de 2015






            MUNDO VELHO SEM PORTEIRA

 


         Realmente, entender o mundo atual não está nada fácil, somos surpreendidos a cada dia com fatos que causam estranhamento, quando não, decepção e dor. Coisa ruim é que não falta no noticiário, só na última semana  um número assustador de atentados com vítimas, perpetrados pelo terror no mundo todo. Numa conexão diabólica o EI cometeu atrocidades na Tunísia, na França e numa mesquita no Kuwait. Quase ao mesmo tempo um rapaz branco nos Estados Unidos entrou numa igreja e matou nove pessoas presentes a um encontro de estudos da Bíblia em Charleston na Carolina do Sul, lugar de maioria negra, mas onde é venerada a bandeira dos brancos confederados e escravocratas, que insuflam o preconceito racial.

       O crime em Charleston foi por racismo, mas podia ser um fanático religioso irado, atirando contra as pessoas que professam outra fé diferente da sua, nenhuma novidade na sociedade americana de tantas feridas abertas pelo preconceito. O que nos faz pensar que a decisão da Suprema Corte americana, ao aprovar o casamento de pessoas do mesmo sexo, pode ser em reposta a essa mesma sociedade, que discrimina e mata, mas tem de baixar a cabeça e seguir adiante, que a vida urge e ruge, enquanto a solução para tudo hoje é resolvido numa canetada. Houve comemoração também aqui no Brasil, quando a CNJ já deliberou tempos atrás sobre o assunto, saiu na frente com a novidade desse tipo de casamento.

        Uma sociedade que não consegue extirpar de vez o câncer que é a exploração sexual de menores e o trabalho infantil, mas comemora o casamento antinatural de pessoas do mesmo sexo, o que dizer dela? No mínimo, que seu raciocínio é deturpado, que sua moral é falsa. O terrorismo que tem várias faces, e avança em todas as direções, do qual nada, nem ninguém, parece estar livre. Acontece um verdadeiro vale tudo no mundo contemporâneo, de porteiras  abertas para o que der e vier. Triste de se ver a pequenez das almas, pessoas sem noção do que fazem, colaborando para que o atraso, assim como os ódios, se perpetuem. A par disso, algumas cabeças destituídas de razão proclamam uma nova linguagem, a do gênero-neutro, reorganizar em novos termos a sociedade. Como assim, reorganizá-la em termos antinaturais? Como se isso não fosse piorar tudo. Que benefício pode ter para uma sociedade a redefinição do conceito de matrimônio, paternidade, educação, para adequá-la a uma nova realidade saída da cabeça de pessoas vazias de crenças, valores e opiniões,  bárbaras, em suma?

       Muitos comemoraram o casamento gay, como um grande acontecimento, conquanto o mundo careça do empenho de todos para superar a crise em que se vive, institucional e moral. A corrupção grassa em toda parte, com crianças   sequestradas, abusadas, passando fome e sem futuro, aqui e lá fora.  Mas que importância isso tem para as mentes sem consciência? Nenhuma. O presente momento, de euforia descabida, quando pouco importa a educação, a cultura, inclusive religiosas. Sabemos que cada decisão irracional, cada atitude irresponsável, é um passo atrás na evolução. Mas ninguém pode reverter o conceito de humanidade e racionalidade, que é próprio de um ser naturalmente civilizado! A barbárie de gênero neutro e da reorganização da sociedade: pais ilegais, posto que biológicos, versus pai legais, ou não biológicos. No Canadá abolida a paternidade natural, biológica, onde as crenças e valores, só os endossados pelo Estado, e a Comissão dos Direitos Humanos promove o “tratamento de sensibilidade” de pessoas que possam ter restrições a tais ingerências na família, que vai deixando de ter forças para resistir.

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