terça-feira, 28 de maio de 2013

                       

                                                  SUPER  JOAQUIM

       
             


            Dá status aparecer como bonzinho na internet, jogar para o público, quando não ir para as ruas, os ditos engajados, libertários, que fazem do orgulho gay produto de consumo, como outro qualquer, espécie de mercado popular. Formam-se ondas, quase um arrastão de internautas justiceiros, que chegam a irritar a paciência, no mínimo. No momento ser do bem é defender o casamento entre pessoas do mesmo sexo, espetáculo para alguns.                         
          Há algum tempo que as uniões homo afetivas foram legitimados por lei, que permite o registro dessas relações. De repente transformadas em casamento, para terem todos os direitos, graças ao gesto de arroubo popularesco de Joaquim Barbosa, presidente do Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça. O CNJ não teria esse poder, mas os cartórios foram intimados na marra a celebrar o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, o que se deve em parte à coluna do seu presidente, que deu seu grito de dor, ao mesmo tempo em que lançou a sociedade num beco sem saídas. A cada pontada uma bordoada. E não tem como contestar o super-herói que todos aplaudem nas ruas, principalmente os contestadores. Grito por grito, pedra por pedra, é ver quem joga mais pesado, e o eminente ministro cumpre bem esse papel, a ponto de dizer que os partidos são de “mentirinha". Um erro da autoridade máxima do poder judiciário, pois daí se pode deduzir que todos os três poderes são de mentirinha, quando a justiça também não faz direito o seu papel.   
                             Concordamos com o que disse na revista “Época” o jornalista Guilherme Fiúza: “Ser gay não é orgulho, nem vergonha, não é ideologia, nem espetáculo, não é chique nem brega. Não é moda. É apenas humano.” De acordo também que a luta contra o preconceito precisa ser tirada das mãos dos “mercadores da bondade”. O que eles fazem, sim, é semear intolerância. Joaquim Barbosa para o jornalista é o bonzinho que sofre de mal humor e, pior, de autoritarismo. 
                Na mesma edição da revista, Ruth de Aquino fala do tornado que é presidente Joaquim Barbosa, mas no bom sentido. Seus redemoinhos serviriam para demolir as mentira e levar para longe os maus políticos, que sobem aos palanques, ou vão para frente das câmeras, tentar arrancar seus mandatos com slogans pífios, discursos carentes de ideias e de programas. Para a articulista, merece aplauso a atuação do presidente do STF e do CNJ no combate contra os políticos e sua conapiraçãoes. 

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